O blá-blá-blá pretensamente ambientalista sobre a inexistência de uma “destinação final” para resíduos nucleares não xe sustenta nas próprias pernas.
Depois de analisar o assunto sob a ótica das usinas de geração de energia, vale lembrar o peso dos materiais radiotivos que pairam sob as nossas cabeças sem que o assunto seja sequer mencionado.
Só os EUA e a Rússia têm, hoje, entre 12.000 e 19.000 armas nucleares cada, prontas para serem disparadas, e ninguém pia. Muitas delas passeiam pelos oceanos em submarinos militares também nucleares. Outras passeiam pelos ares com regularidade ou permanentemente. Cada um desses países poderia destruir o mundo centenas de vezes e as informações sobre o seu lixo nuclear armamentista são mantidas em sigilo (ainda que, nos EUA, a Agência de Proteção Ambiental dê uns “pitacos” sobre o assunto.
Em terceiro lugar vem a França, com 482 ogivas nucleares montadas em artefatos de longo alcance.
A China não fornece sequer indicadores, mas os especialistas suspeitam que a sua capacidade nuclear é equivalente a da França. Esses números já estão sendo revisados. Afinal, depois dos EUA e da Rússia, a China é o único país do mundo que já comprovou a sua capacidade para destruir um satélite inimigo em órbita, podendo, assim, neutralizar ou reduzir em muito a capacidade de ataque dos outros.
De resto, a Índia e o Paquistão têm armas nucleares.
Entre 1983 e 2006, o governo dos EUA gastou entre US$ 120 e 150 bilhões com esses inúteis programas de mísseis. A “administração” Bush pediu mais US$ 62 bilhões para os próximos 5 anos. A contabilidade dos recursos dispendidos com esses programas é considerada um tanto nebulosa até mesmo para o General Accounting Office (O TCU deles, só que bem mais sério).
As ONGs multinacionais ambientalistas não dão sequer um pio sobre isso tudo. Então, o que será que está por trás do lero-lero sobre a inexistência de destinação final para os resíduos nucleares logo após o licenciamento ambiental de Angra III? O desejo de negar o acesso do Brasil a essas tecnologias, inclusive ao domínio do ciclo completo do enriquecimento do urânio, que ainda é feito no exterior e cafetinado pelas grandes potências?
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Afinal, a Noruega vai doar US$ 250 milhões para a proteção da Amazônia nos próximos cinco anos. Stephan Schmidheiny, ligado à nobreza norueguesa, vendeu a sua participação na Aracruz Celulose por US$ 850 milhões. Ele já anunciou que dividirá a fortuna entre os filhos e doará um pedacinho para projetos ambientais. A imensa fortuna foi feita com a “mineração do solo” nacional, disputando espaço com a produção de alimentos e resultando em impactos ambientais altamente negativos.