Nada como acordar com o dia amanhecendo, porque não há trânsito e é possível observar melhor a cidade – todas as coisas, tanto as lindíssimas quanto os absurdos.
Às margens do complexo lagunar ao longo da Avenida Ayrton Senna, na Barra da Tijuca, a movimentação de terra feita pela prefeitura ou pela empreiteira – dá na mesma, já que a primeira deveria estabelecer normas e fiscalizar a segunda – fazem com que a quase-montanha de terra seja depositada de maneira a ser lavada para o leito do canal na primeira chuva. Que importa? Depois, as caríssimas dragagens pagas por metro cúbico mas nunca medidas.
Chamem os zambientalóides que vivem de mostrar o lixo nas lagoas. Afinal, a “culpa” é do lixo jogado pela população, ainda que a maior parte do esgoto continue sendo lançado sem qualquer tratamento no sistema lagunar (afinal, o projeto de coleta de esgotos da região só começou há 25 anos e continua sem data para terminar). Isso para não falar na tal “faixa marginal de proteção”, tão ao gosto da equipe infanto-juvenil do Ministério Público “ambiental”.