-- Download Avançam no mundo os veículos elétricos - Oportunidades e barreiras no Brasil as PDF --
Projeções da Bloomberg Energy Finance indicam que até 2025 os carros elétricos serão mais baratos do que os convencionais nos EUA e na Europa. O gráfico de barras abaixo mostra essa evolução de preços.
Tais projeções foram feitas com base na evolução dos preços de diversos componentes dos veículos elétricos.
Desses componentes, o mais caro – no que se refere à comparação dos preços com veículos convencionais – é o sistema de baterias que atualmente corresponde a cerca da metade do preço final dos carros elétricos.
Consideradas as tendências retroativas ao ano de 2010, as estimativas são de que o preço desse componente se reduza em 77% até meados dos anos 2020. De 2010 até 2017, os preços do kWh gerado por essas baterias já apresentou uma redução superior a 70%.
Os fabricantes de veículos convencionais – de combustão interna – começam a ver que essa é uma tendência irreversível. Os veículos movidos a combustíveis fósseis são responsáveis por mais de 20% das emissões globais de carbono, e com o Acordo de Paris os países mais desenvolvidos tendem a ampliar os mais variados incentivos para a adoção de veículos elétricos.
Originalmente, nos anos 1960, a Califórnia incentivou o uso de carros elétricos por razões de poluição atmosférica. Nos anos 1970, a essa preocupação acrescentou-se o objetivo de reduzir a importação de petróleo / aumentar a segurança energética. Já nos anos 1990, os governos começaram a investir massivamente em energias renováveis, fazendo com que se reduzisse a percepção de que, na prática, os carros elétricos eram movidos a energias geradas por combustíveis fósseis.
Mesmo a Índia estabeleceu como meta que a quase totalidade dos veículos a serem vendidos no país já sejam elétricos em 2030. Uma meta considerada ambiciosa, mas é bem melhor ter políticas com metas claras do que simplesmente deixar que a “mão invisível do mercado” cuide de tudo. Fabricantes como Volvo, BMW, Toyota e Mahindra já vendem carros híbridos na Índia.
Ford, Vokswagen, Peugeot, Citroen/Renault e Kia – entre outros – também avançam rapidamente na produção de carros elétricos, além da Tesla.
Se o Brasil não quiser ficar para trás, deve investir pesadamente na produção de baterias para veículos elétricos.
Fora isso, atualmente o Brasil está na contramão dessa tendência ao tentar restringir o abastecimento de veículos elétricos às distribuidoras registradas de combustíveis fósseis e concessionárias de eletricidade que trabalham com mercados cativos.