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A Tesla, certamente uma das empresas mais inovadoras do mundo, acaba de divulgar o comparativo dos preços de vários tipos de telhado com as suas novas telhas que produzem energia solar fotovoltaica. Esses preços não incluem a energia a ser gerada ao longo do tempo (trazida ao valor presente. Ou seja, é mais barato já fazer uma nova casa ou fazer um reparo significativo no telhado com essas novas telhas.
No gráfico, a comparação é feita com os vários tipos de telhado mais comuns nos EUA (que teve um programa habitacional baseado em diferentes tipos de material e métodos construtivos): telhas de asfalto, de ardósia e de metal.
As telhas de asfalto – que podem ser vistas na imagem abaixo – são as mais baratas e de mais fácil colocação / substituição, ainda que não tão duradouras – constituem-se numa das opções mais difundidas.
Outros materiais, como metal e ardósia são mais caros, mas também muito usados.
Evidentemente, já é mais do que passada a hora do Brasil rever os seus métodos construtivos – mesmo as telhas coloniais em PVC e outras já tenham chegado ao mercado.
Telhas que geram energia solar fotovoltaica já vêm sendo comercializadas desde 2005, inicialmente com preços bastante elevados. Em 2011, a Dow lançou as suas telhas com o nome comercial de PowerHouse, mas a fabricação foi interrompida em 2015, entre outras coisas porque avanços recentes nas tecnologias de geração fotovoltaica não foram incorporadas nesse produto com a velocidade necessária.
No entanto, os preços continuaram caindo e o recente anúncio da Tesla – que em julho de 2017 passou a aceitar encomendas – significa um grande avanço tecnológico, resultante do mercado criado durante a administração Barack Obama com incentivos tributários para investimentos feitos por consumidores finais em seus telhados usando esses materiais, que resultaram em ganhos de escala. Além disso, a Tesla adquiriu ou fez parcerias com outras empresas do setor.
As novas telhas da Tesla têm garantia por toda a vida útil das residências, garantia de 30 anos para a geração de energia elétrica e para as intempéries (exposição às condições do tempo tais como variações de temperatura).
Assim, fica uma inevitável questão para o mercado brasileiro: se alguém tentar importar essas telhas, haverá impostos de importação que farão com que elas não sejam competitivas? A Receita classificará essas novas telhas como geração fotovoltaica ou como material de construção? Nada que (pelo menos) uma década de ausência de agilidade nas políticas públicas não resolva.
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Uma das primeiras apresentações das novas telhas da Tesla feitas por Elon Musk pode ser visualizada no vídeo abaixo.