Um relatório do Centro para o Controle e Prevenção de Doenças – CDC dos EUA estima que a efetividade da vacina contra os vírus H1N1, também conhecida como gripe suína ou influenza A, foi de 37%. Quando ajustados os números para os vírus que causam influenza A e B, a média de efetividade foi de 45%.
O estudo foi feito entre 23/10/2019 e 25/1/2020. Ajustados os números, os autores do relatório ainda sujeito a revisões afirmam que os dados são “consistentes com as avaliações dos anos anteriores”.
Estudos anuais sobre a efetividade de vacinas contra a gripe são feitos desde 2006/2005 (pelo menos). As vacinas foram aperfeiçoadas constantemente, mas a segundo o mesmo CDC, a efetividade das vacinas nunca foi superior a 60%, tendo chegado a apenas 19% na “estação das gripes 2015- 2014, como se pode ver no histograma abaixo.
O vírus da influenza A, o H1N1, foi identificado pela primeira vez em abril de 2009 e espalhou-se rapidamente por 74 países, levando a Organização Mundial da Saúde – OMS a declarar a primeira pandemia global depois de um período de 40 anos.
O mesmo CDC norte-americano tem um interessante timeline (linha do tempo) dessa pandemia: declarada em abril de 2009, todas as escolas dos EUA já tinha sido reabertas em agosto do mesmo ano, a vacinação voluntária iniciou-se em dezembro, as contaminações pelo vírus caíram abaixo do patamar de base em janeiro de 2010 (sempre nos EUA), mas só em 11 de agosto de 2010 a OMS anunciou o fim da pandemia.
O vírus da H1N1 / gripe suína nunca deixou de circular com os números de hospitalizações, óbitos e efetividade das vacinas acima relatados até o presente. Alguém está esperando por uma vacina com 100% de efetividade ou muito superior aos 35% relatados pelo CDC quase 10 anos depois do início da primeira vacinação?
O relatório do CDC informa que, ao longo da última década, a influenza causou entre 12.000 e 61.000 óbitos por ano. Também anualmente foram entre 140.000 e 810.000 hospitalizações, entre 4,3 e 21 milhões de atendimentos médicos só nos EUA.
O desenvolvimento da vacina certamente foi e é um passo importante para reduzir o número de contágios, mas não foi o fator determinante para o fim da pandemia anterior, como não será para essa.
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A humanidade passou a conviver com o vírus e suas frequentes mutações. Então, qual seria o sentido de uma quarentena até algum tipo de nova vacina como se ela fosse ter efetividade de 100%? A Europa e a maior parte da Ásia já voltaram – totalmente ou quase – às suas atividades normais.
É difícil saber o que há por trás das propostas de quarentena ou mesmo lockdown até a chegada da vacina. Arrogância e autoritarismo travestidos de “ciência”, pactos com a indústria farmacêutica, oportunismo político eleitoral, sadismo e vontade de manter a população amordaçada – qualquer coisa, menos um comportamento minimamente razoável e de bom senso.
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A melhor fonte de informação sobre números de óbitos por Covid 19 no Brasil continua sendo o Registro Civil, com o seu Portal da Transparência, onde os números não mentem (ainda que em qualquer atestado de óbito o médico possa incluir várias causas). Esse Portal apresenta números bem diferentes dos divulgados pela “imprensa funerária” e mesmo pelo Ministério da Saúde, este baseado em números das secretarias municipais de saúde.
Aqui, o link – https://transparencia.registrocivil.org.br/especial-covid – que pode ser copiado e colado no navegador.