Desde 2011, a empresa britânica Oxitec realizou testes com mosquitos geneticamente alterados no Brasil. Na página da empresa em inglês, “uma tecnologia amigável e poderosa para um planeta em mudança (e em mudança rápida)”. Nos tempos atuais, qualquer maluquice é “ambientalmente amigável” e mesmo empresas que provocam catástrofes ambientais e sociais no terceiro mundo não perdem a etiqueta ESG da Bolsa de Nova York (ESG a sigla para responsabilidade ambiental, social, e de boa governança -cf. com a BHP Billinton, sócia australiana da Samarco que provocou um dos maiores desastres socio-ambientais do Brasil).
Categoria: Meio Ambiente – PolÃticas Públicas
Hidrogênio verde – Um lero-lero para os muito ricos?
Subitamente, surgiu uma nova conversa fiada para o controle das emissões globais causadoras de mudananças climáticas: o hidrogênio verde. O marketing nesse ramo cultua a palavra verde, ainda que, com menos estardalhaçoo fale no hidrogênio azul que tem o gás natural como fonte primária de energia. No primeiro caso, trata-se de “mineração” de água com a separação do H2 do O num processo denominado eletrólise, Já conhecido há tempos, esse processo ainda requer massivos aportes de eletricidade. As disponibilidades de água doce é um fator crítico, já que a dessalinização aumenta em muito a demanda de energia.
O hidrogênio “verde” só se viabiliza com elevados créditos de carbono que, evidentemente, serão pagos ao consumidor final pela substituição de um combust´Ãvel sujo por um limpo. Lá! A questão central é a de sempre: qual o benefÃcio disso para paÃses como o Brasil, que exportarão energia limpa e água sem a retenção de impostos locais, com a eletrólise feita em “zonas de processamento industrial”?
Além disso, alguma geração de emprego nas áreas de solar e eólica de grande porte, já amplamente dominadas por capitais estrangeiros num ciclo em que a escassez de energia no Brasil tende a se acentuar e os preços a aumentarem.
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Concessões capengas de água esgoto
As privatizações ou concessões do setor de saneamento à iniciativa privada no Brasil não é algo novo. O exemplo de uma única concessão por diversos municÃpios da Região dos Lagos já ocorreu há cerca de 25 anos, concessão estendida por mais 5 sem por uma agência regulatória estadual bem frágil e nada transparente. Os benefÃcios ambientais para a lagoa de Araruama foram desprezÃveis ou mesmo contraproducentes.
Crivella e o meio ambiente urbano
Não é de se esperar que muitos prefeitos entendam o que são as complexas questões ambientais de nossos tempos ou sequer se interessem por elas, ainda mais quando não conseguem fazer um mÃnimo em matéria de drenagem e esgotamento sanitário. Mas destruir o que é bom em nome de tolices já é demais.
Aos fatos do que anda fazendo a administração Crivella com o escasso dinheiro público.
Witzel e Crivella estão se lixando para o saneamento
Em concessões onerosas, o que vai para o caixa da poder público deixa de ser investido no setor. Esse é o X do problema na “privatização” da Cedae, seja lá qual for o modelo adotado (no caso, melhor seria dizer fatiamento)..
Há cerca de 2- 3 anos, governo federal fez o BNDES emprestar dinheiro para o governo do estado do Rio de Janeiro dando como garantia as ações da Cedae. Foi um ação puramente polÃtica e de “contabilidade criativa”, já que ninguém sabia quanto valiam as ações da da empresa estadual de saneamento.
E como o BNDES não teve a decência de exigir sequer a diretoria financeira da empresa no perÃodo em que deteve R$ 3,5 bilhões do dinheiro público em ações da empresa, perdeu imensa oportunidade de melhorar o seu desempenho e de minimizar a sangria.
Agora, aproxima-se a data da liquidação da dÃvida e o BNDES afirma ter um “modelo” de privatização” que quase certamente é puramente financeiro, sem envolver aspectos fundamentais de engenharia, tecnologia, potencial recuperação de perdas, ou mesmo da avaliação de ativos (depreciação e necessidade de substituição das redes, por exemplo).
Não houve uma due diligence de engenharia e, se bobear, esses caras vão para a licitação com o prazo mÃnimo previsto na lei, 180 dias! Aà só participa quem estiver tendo acesso a informações privilegiadas.
Mas Witzel e Crivella já começaram a disputar um naco da bufunfa das concessões onerosas que excedam o valor da dÃvida. Nenhum dos dois está realmente interessado em saneamento. Como nunca estiveram.
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