Tentando pegar uma carona indevida e nunca merecida na moda do reuso de água, o presidente da Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro – Jorge Picciani – apresentou e fez aprovar um projeto otário de reuso da água, logo sancionado pelo governador. Assim se discutem – ou nem se discutem – e aprovam projetos no Brasil: no compadrio ou no escambo: “você vota no meu e eu voto no seu”.
A Lei 7.599, promulgada em 24 de maio de 2017 deixa claro o grau de desconhecimento do tema por parte de seu autor, dos demais deputados que votaram a favor da tolice. Mas tem a grande utilidade de servir de alerta para a inconsistência – senão a anarquia – nos procedimentos legislativos. O fato de cumprir normas de tramitação não assegura a qualidade e a consistência do conteúdo das leis.